A compartimentação estanque é vital para a estabilidade e segurança do navio, para proteger a vida, o bem e o ambiente marinho em casos de danos ao casco após colisões ou encalhe. O número de aberturas em uma antepara estanque deve ser mínima, de acordo com o SOLAS II-1/13.1 (antigo SOLAS II-1/15.1). Para manter a subdivisão estanque, mantendo uma operação segura e efetiva do navio, todas as portas estanques devem ser mantidas fechadas durante a navegação, exceto em circunstâncias limitadas, quando o operador do navio de passageiros tenha necessidade de manter uma ou mais portas abertas, mesmo ao mar.
O cenário
A norma do SOLAS II-1/22.3 (antigo SOLAS II-1/15.9.2), permite uma porta estanque de ser aberta temporariamente para permitir a passagem de passageiros ou da tripulação, ou durante trabalho nas proximidades imediatas que necessite que as portas estejam abertas. Neste caso, a porta deve ser imediatamente fechada quando a passagem de pessoas terminar ou quando o trabalho finalizar. Além disso, a norma do SOLAS II-1/22.4 (antigo SOLAS II-1/15.9.3) permite que algumas portas se mantenham abertas durante a navegação somente se for considerado absolutamente necessário para a segurança e operação efetiva das máquinas do navio ou para permitir o acesso normalmente irrestrito de passageiros pelo espaço de passageiros.
Entregáveis
Para realizar as determinações acima, o operador deve prover as seguintes informações sobre cada navio:
- Modelo NAPA (incluindo condições de carregamento e cálculo de estabilidade em avaria, de acordo com o SOLAS Ch II-1 probabilístico ou determinístico) dependendo da data de batimento de quilha do navio
- Quantidade e localização das portas estanques a serem mantidas abertas durante a navegação
- Arranjo Geral (todos os conveses, incluindo o Tank Top)
- Plano de Capacidades
- Plano de Controle de Avaria
- Plano mostrando a posição das aberturas pelas quais um alagamento progressivo seguiria
- Arranjo de alagamento cruzado (se disponível)
- Motivação.
Por que o RINA?
O RINA entrega a análise para o operador de cada navio com o objetivo de determinar o impacto da abertura de portas estanques na segurança do navio sob as normas do SOLAS II-1/22.4 e como previsto pela IMO MSC.1/Circ.1380 Appendix 1.
Tendo já realizado diversas análises no assunto para navios cruzeiros de diferentes tamanhos e tipos, e com grande conhecimento nos aspectos operacionais, o RINA pode rapidamente entender as necessidades do operador do cruzeiro para manter uma ou mais portas estanques abertas durante a navegação.
